Nota Técnica da Secretaria de Saúde e FVS-RCP foi submetida ao Comitê Técnico-Científico do Amazonas

O Comitê de Enfrentamento à Estiagem apresentou orientações para amenizar o impacto da fumaça na saúde da população do estado e recomendações aos profissionais da área no atendimento de pacientes, com publicação da Nota Técnica nº 047/2024, emitida nesta quarta-feira (18/09), produzida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) em conjunto com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

O documento foi submetido ao Comitê Técnico-Científico (CTC) de assessoramento ao executivo estadual nas ações de enfrentamento a Fenômenos Climáticos Extremos e ressalta orientações para os serviços de saúde sobre a vigilância em saúde e monitoramento.

A nota destaca a importância da atenção especial aos pacientes que apresentem um conjunto de sintomas como tosse seca, falta de ar, irritação nos olhos, nariz ou garganta, coriza, dor de cabeça, cansaço e dermatites (inflamação na pele).

A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, acrescentou que a rede pública está atenta para atender a população e orientou que os amazonenses mantenham-se hidratados nesse período de estiagem severa e com focos de queimadas.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, enfatiza que, embora esses sinais e sintomas sejam comuns a diversas doenças, é importante considerar a possibilidade de estarem relacionados à poluição atmosférica decorrente da fumaça.

“Os profissionais de saúde precisam estar atentos às variações no comportamento das doenças em resposta às mudanças climáticas. A atenção é destacada, inclusive, a pacientes que apresentam doenças respiratórias, como rinossinusite, asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e rinite alérgica. Esses são pacientes que podem apresentar sintomas dessas doenças agravados devido à exposição à fumaça”, alerta a diretora Tatyana.

A Nota Técnica detalha, aos serviços de saúde, quando suspeitar de sintomas relacionados à fumaça, levando em consideração o tempo de exposição e a vulnerabilidade individual que pode estar associada a questões genéticas e presença de outras doenças respiratórias.